auto-retrato- Pablo Picasso
EINSTEIN E PICASSO
Ciência e Arte?
Picasso e Einstein acreditavam que a arte e a ciência são meios para explorar mundos além das percepções, além das aparências.
Para isso, usaram a criatividade e a intuição
No início do século 20, uma revolução ocorreu simultaneamente nas artes e nas ciências físicas.
De um lado, Pablo Picasso destruiu a rigidez da perspectiva clássica, com o auxílio do cubismo, redescobrindo uma nova maneira de interpretar a realidade.
O cubismo apresenta os objetos tal como são concebidos pela mente. O pintor cubista pinta o que existe e não como se vê.
Nessa época, Albert Einstein destruía a rigidez da concepção newtoniana de espaço e tempo, mostrando que medidas de distância e de tempo não são absolutas, independentes do estado de movimento de quem as faz, mas, sim, dependentes do movimento relativo entre observadores. Essa era sua nova forma de interpretar a realidade.
Dada a proximidade nas datas (o quadro de Picasso 'Les Demoiselles D'Avignon' é de 1907, e a teoria da relatividade especial de Einstein é de 1905), é natural se supor uma influência da física nas artes.
Les Demoiselles mostram a solução de Picasso para o problema da representação quadridimensional
A tela retrata cinco prostitutas nuas em um bordel. As duas mulheres colocadas à direita têm rostos com traços tão acentuados que parecem estar usando máscaras. A forma do nariz e das nervuras faciais elaboradas em uma série de desenhos nos remetem, necessariamente, às máscaras africanas.
Em recente livro, 'Einstein, Picasso: Espaço, Tempo e a Beleza que Causa Confusão', Arthur I. Miller, professor de historia e filosofia de Ciência na Universidade College, Londres, avalia esse tema, oferecendo uma explicação muito plausível para a aparente coincidência de datas.
Segundo Miller, não houve, na verdade, uma influência direta entre os trabalhos de Einstein e de Picasso
Ambos são partes de uma profunda transformação cultural que já ocorria no princípio do século, cujo foco maior de atenção era justamente o questionamento de que não podemos nos limitar apenas em nossos sentidos para compreender a realidade.
Picasso estudava formas e imagens vista ao mesmo tempo de vários ângulos diferentes, pois quando um observador olha para uma estátua, por exemplo, ele tem a consciência da existência não só do volume do objeto, mas também de seus outros ângulos.
E o mais importante: não existe uma estátua instantânea.
Senão, como ela poderia movimentar-se no espaço?
Para qualquer matéria existir, ela necessita além das três dimensões, necessita da quarta dimensão, o tempo.
E se o tempo pode ser considerado como uma quarta dimensão, então pode-se considerar a existência de um novo conceito chamado de espaço-tempo.
Com o cubismo, Picasso tentou representar todos os aspectos de um objeto, como se pudéssemos ver a frente e as costas de uma pessoa ao mesmo tempo, transformando-nos em observadores de uma quarta dimensão espacial.
Já Einstein, em sua teoria da Relatividade especial, mostrou que observadores com um movimento relativo entre si, por exemplo, uma pessoa em pé numa calçada e outra passando de carro, obterão resultados diferentes ao medirem distâncias e intervalos de tempo.
Se a pessoa em pé na calçada estiver segurando uma régua de um metro na horizontal (medida por ela), a pessoa passando de carro verá essa régua um pouco mais curta.
Não percebemos isso, pois esses efeitos só se tornam importantes a velocidades próximas da velocidade da luz, de 300 mil quilômetros por segundo.
O oposto ocorre com o tempo: para o observador passando de carro, um relógio na mão da pessoa na calçada bate mais devagar, ou seja, a passagem do tempo é dilatada. Einstein concluiu que tempo e espaço são manifestações conjuntas da realidade física.
Poucos anos mais tarde, ficou claro que a Relatividade trata o tempo como uma quarta dimensão.
Picasso e Einstein foram influenciados pelo matemático francês Henri Poincaré que, no início do século, propôs que a geometria que descreve a realidade não era a única no livro 'Ciência e Hipótese', publicado em alemão em 1904.
Mas Picasso leu Poincaré?
Picasso convivia com um grupo animado de artistas e nesse círculo de amizade havia um homem - um atuário chamado Maurice Princet - que estudava matemática avançada como passatempo.
O que Princet tinha a ver com esse grupo?
Uma das mais importantes modelos e amiga íntima de Picasso, Alice Géry, apresentou ao pintor o seu amante, Maurice Princet, que queria desenvolver-se na pintura. Rapidamente, Princet, acompanhado da amante, começou a freqüentar os cafés com os artistas. Mais tarde, Alice se tornou sua esposa para que ele obtivesse assim uma promoção, pois um homem casado, para a sociedade do século XIX, sempre dava um "aspecto" mais confiável.
Em várias ocasiões, Princet lia Poincaré a Picasso e a seus amigos. O atuário freqüentava o atelier de Picasso naquele tempo em que o pintor desenvolvia Demoiselles. Discutia a respeito de geometria e era avesso à perspectiva clássica
Einstein e de Picasso possuíam pontos em comum em suas vidas pessoais.
O biografo John Richardson de Pablo Picasso cita um comentário de Dora Maar, uma das amantes do artista:
"Havia cinco fatores que determinava sua maneira de vida e do mesmo modo de seu estilo: a mulher com quem estava apaixonado; o poeta, ou poetas, que serviram como um catalisador; o lugar onde vivia; o círculo dos amigos que forneciam a admiração e a compreensão que nunca era bastante; e o cão que era seu companheiro inseparável."
Picasso viveu na rua Ravignan 13 (um bairro pobre, sem esgoto, luz, gás e pavimentação) no distrito de Montmartre. Essa moradia foi batizada carinhosamente pelo poeta e amigo de Picasso, Max Jacob, de Bateau Lavoir (barco lavadouro) por lembrar o local que a prefeitura disponibilizava às lavadeiras. Nessa época, 1907, vivendo com sua amante Fernande Olivier, produziu a tela Les Demoiselles d'Avignon.
Essa pintura originou o cubismo. Com ela, Picasso conseguiu alguma notoriedade e muita polêmica entre críticos, artistas e até entre os amigos próximos.
Com exceção do cão, a situação de Albert Einstein era similar ao pintor.
Em 1905, o cientista e sua esposa Mileva se mudaram para um prédio pobre na 49 Kramgasse, no centro da cidade velha de Berna, Suíça. Os amigos próximos de Einstein em Berna eram empregados civis obscuros como ele, e certamente nenhum deles tivera indício, tal como os amigos de Picasso, sobre a idéia mais do que revolucionária que Einstein estava prestes a desenvolver. Einstein gostava de freqüentar reuniões em casas de amigos. Essas reuniões foram batizadas de Academia Olímpia, uma forma irreverente de ridicularizar as pomposas academias.
Em linhas gerais, a argumentação entre historiadores da arte é que as raízes do cubismo estão em Paul Cézanne e na arte primitiva africana.
Cézanne usava formas geométricas quando pintava e afirmava ver na natureza "o quadrado, a esfera e o cone". Seus desenhos rompiam com a apresentação tradicional de um objeto calcada na perspectiva. Mostravam a figura em mais de uma face, distorcendo-as sutilmente. A distorção de Cézanne não é a distorção expressionista, mas, uma quebra da superfície em planos oblíquos, uma divisão dos volumes, uma nova forma de equilíbrio.
Através dos cadernos de Picasso e de vários outros testemunhos, sabe-se que o artista meditou longamente na preparação deste quadro.
Nos seus esboços, encontram-se inúmeros desenhos, um deles surpreendente por ser a projeção de um sólido a quatro dimensões.
Em todos os esboços revela-se uma busca contínua da simplificação de elementos do corpo humano, que se aproximam de figuras geométricas simples.
Finalmente, encontram-se estudos de perspectivas diferentes e este elemento marcante do cubismo que Pablo Picasso e Georges Braque (1882-1963) tornariam tão claro nas suas obras seguintes: a justaposição de diferentes perspectivas sobre a mesma tela, revelando pontos de vista distintos do mesmo objeto.
O cubismo se divide em duas fases:Cubismo Analítico - (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.
Ciência e Arte?
Picasso e Einstein acreditavam que a arte e a ciência são meios para explorar mundos além das percepções, além das aparências.
Para isso, usaram a criatividade e a intuição
No início do século 20, uma revolução ocorreu simultaneamente nas artes e nas ciências físicas.
De um lado, Pablo Picasso destruiu a rigidez da perspectiva clássica, com o auxílio do cubismo, redescobrindo uma nova maneira de interpretar a realidade.
O cubismo apresenta os objetos tal como são concebidos pela mente. O pintor cubista pinta o que existe e não como se vê.
Nessa época, Albert Einstein destruía a rigidez da concepção newtoniana de espaço e tempo, mostrando que medidas de distância e de tempo não são absolutas, independentes do estado de movimento de quem as faz, mas, sim, dependentes do movimento relativo entre observadores. Essa era sua nova forma de interpretar a realidade.
Dada a proximidade nas datas (o quadro de Picasso 'Les Demoiselles D'Avignon' é de 1907, e a teoria da relatividade especial de Einstein é de 1905), é natural se supor uma influência da física nas artes.
Les Demoiselles mostram a solução de Picasso para o problema da representação quadridimensional
A tela retrata cinco prostitutas nuas em um bordel. As duas mulheres colocadas à direita têm rostos com traços tão acentuados que parecem estar usando máscaras. A forma do nariz e das nervuras faciais elaboradas em uma série de desenhos nos remetem, necessariamente, às máscaras africanas.
Em recente livro, 'Einstein, Picasso: Espaço, Tempo e a Beleza que Causa Confusão', Arthur I. Miller, professor de historia e filosofia de Ciência na Universidade College, Londres, avalia esse tema, oferecendo uma explicação muito plausível para a aparente coincidência de datas.
Segundo Miller, não houve, na verdade, uma influência direta entre os trabalhos de Einstein e de Picasso
Ambos são partes de uma profunda transformação cultural que já ocorria no princípio do século, cujo foco maior de atenção era justamente o questionamento de que não podemos nos limitar apenas em nossos sentidos para compreender a realidade.
Picasso estudava formas e imagens vista ao mesmo tempo de vários ângulos diferentes, pois quando um observador olha para uma estátua, por exemplo, ele tem a consciência da existência não só do volume do objeto, mas também de seus outros ângulos.
E o mais importante: não existe uma estátua instantânea.
Senão, como ela poderia movimentar-se no espaço?
Para qualquer matéria existir, ela necessita além das três dimensões, necessita da quarta dimensão, o tempo.
E se o tempo pode ser considerado como uma quarta dimensão, então pode-se considerar a existência de um novo conceito chamado de espaço-tempo.
Com o cubismo, Picasso tentou representar todos os aspectos de um objeto, como se pudéssemos ver a frente e as costas de uma pessoa ao mesmo tempo, transformando-nos em observadores de uma quarta dimensão espacial.
Já Einstein, em sua teoria da Relatividade especial, mostrou que observadores com um movimento relativo entre si, por exemplo, uma pessoa em pé numa calçada e outra passando de carro, obterão resultados diferentes ao medirem distâncias e intervalos de tempo.
Se a pessoa em pé na calçada estiver segurando uma régua de um metro na horizontal (medida por ela), a pessoa passando de carro verá essa régua um pouco mais curta.
Não percebemos isso, pois esses efeitos só se tornam importantes a velocidades próximas da velocidade da luz, de 300 mil quilômetros por segundo.
O oposto ocorre com o tempo: para o observador passando de carro, um relógio na mão da pessoa na calçada bate mais devagar, ou seja, a passagem do tempo é dilatada. Einstein concluiu que tempo e espaço são manifestações conjuntas da realidade física.
Poucos anos mais tarde, ficou claro que a Relatividade trata o tempo como uma quarta dimensão.
Picasso e Einstein foram influenciados pelo matemático francês Henri Poincaré que, no início do século, propôs que a geometria que descreve a realidade não era a única no livro 'Ciência e Hipótese', publicado em alemão em 1904.
Mas Picasso leu Poincaré?
Picasso convivia com um grupo animado de artistas e nesse círculo de amizade havia um homem - um atuário chamado Maurice Princet - que estudava matemática avançada como passatempo.
O que Princet tinha a ver com esse grupo?
Uma das mais importantes modelos e amiga íntima de Picasso, Alice Géry, apresentou ao pintor o seu amante, Maurice Princet, que queria desenvolver-se na pintura. Rapidamente, Princet, acompanhado da amante, começou a freqüentar os cafés com os artistas. Mais tarde, Alice se tornou sua esposa para que ele obtivesse assim uma promoção, pois um homem casado, para a sociedade do século XIX, sempre dava um "aspecto" mais confiável.
Em várias ocasiões, Princet lia Poincaré a Picasso e a seus amigos. O atuário freqüentava o atelier de Picasso naquele tempo em que o pintor desenvolvia Demoiselles. Discutia a respeito de geometria e era avesso à perspectiva clássica
Einstein e de Picasso possuíam pontos em comum em suas vidas pessoais.
O biografo John Richardson de Pablo Picasso cita um comentário de Dora Maar, uma das amantes do artista:
"Havia cinco fatores que determinava sua maneira de vida e do mesmo modo de seu estilo: a mulher com quem estava apaixonado; o poeta, ou poetas, que serviram como um catalisador; o lugar onde vivia; o círculo dos amigos que forneciam a admiração e a compreensão que nunca era bastante; e o cão que era seu companheiro inseparável."
Picasso viveu na rua Ravignan 13 (um bairro pobre, sem esgoto, luz, gás e pavimentação) no distrito de Montmartre. Essa moradia foi batizada carinhosamente pelo poeta e amigo de Picasso, Max Jacob, de Bateau Lavoir (barco lavadouro) por lembrar o local que a prefeitura disponibilizava às lavadeiras. Nessa época, 1907, vivendo com sua amante Fernande Olivier, produziu a tela Les Demoiselles d'Avignon.
Essa pintura originou o cubismo. Com ela, Picasso conseguiu alguma notoriedade e muita polêmica entre críticos, artistas e até entre os amigos próximos.
Com exceção do cão, a situação de Albert Einstein era similar ao pintor.
Em 1905, o cientista e sua esposa Mileva se mudaram para um prédio pobre na 49 Kramgasse, no centro da cidade velha de Berna, Suíça. Os amigos próximos de Einstein em Berna eram empregados civis obscuros como ele, e certamente nenhum deles tivera indício, tal como os amigos de Picasso, sobre a idéia mais do que revolucionária que Einstein estava prestes a desenvolver. Einstein gostava de freqüentar reuniões em casas de amigos. Essas reuniões foram batizadas de Academia Olímpia, uma forma irreverente de ridicularizar as pomposas academias.
Em linhas gerais, a argumentação entre historiadores da arte é que as raízes do cubismo estão em Paul Cézanne e na arte primitiva africana.
Cézanne usava formas geométricas quando pintava e afirmava ver na natureza "o quadrado, a esfera e o cone". Seus desenhos rompiam com a apresentação tradicional de um objeto calcada na perspectiva. Mostravam a figura em mais de uma face, distorcendo-as sutilmente. A distorção de Cézanne não é a distorção expressionista, mas, uma quebra da superfície em planos oblíquos, uma divisão dos volumes, uma nova forma de equilíbrio.
Através dos cadernos de Picasso e de vários outros testemunhos, sabe-se que o artista meditou longamente na preparação deste quadro.
Nos seus esboços, encontram-se inúmeros desenhos, um deles surpreendente por ser a projeção de um sólido a quatro dimensões.
Em todos os esboços revela-se uma busca contínua da simplificação de elementos do corpo humano, que se aproximam de figuras geométricas simples.
Finalmente, encontram-se estudos de perspectivas diferentes e este elemento marcante do cubismo que Pablo Picasso e Georges Braque (1882-1963) tornariam tão claro nas suas obras seguintes: a justaposição de diferentes perspectivas sobre a mesma tela, revelando pontos de vista distintos do mesmo objeto.
O cubismo se divide em duas fases:Cubismo Analítico - (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.
Cubismo Sintético - (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.
Mas a criatividade pode vir de outras fontes.
Mas a criatividade pode vir de outras fontes.
Por que então devem as raízes do movimento cubista, que mais influenciou a arte do século vinte, encontrar-se totalmente dentro da arte?
Alargando nosso ponto de vista das origens de Demoiselles de Picasso para incluir a ciência, a matemática e a tecnologia, nós ganhamos uma introspecção mais profunda do esforço monumental de Picasso.
A teoria da Relatividade e a obra Les Demoiselles representam as respostas de dois mundos: Einstein e Picasso, embora separados geograficamente e culturalmente provocaram mudanças dramáticas que expandiram a visão da realidade.
Há mais coisas entre a ciência e a arte do que pode supor nossa vã filosofia.
Poincaré ( 1854 -1912)
Considerado um dos precursores da Relatividade.
Na sua Science et Hypothèse, uma obra de reflexão filosófica e divulgação científica publicada em 1902, traduzida em alemão em 1904, explica como “se pode representar um mundo a quatro dimensões, partindo da analogia com a nossa visão, que nos projeta na retina um quadro a duas dimensões”.
Nós sabemos que os objetos têm três dimensões, explica Poincaré, porque os vemos seqüencialmente em diferentes perspectivas. Assim, prossegue, “tal como se pode fazer num plano a perspectiva de uma figura a três dimensões, pode-se representar uma figura a quatro dimensões. E pode-se tomar várias perspectivas de pontos de vista diferentes, dando-nos essa seqüência de perspectivas a visão que teria um ser que se deslocasse num espaço a quatro dimensões”.
Fonte:http://www.caiozip.com/einsteinpicasso.htm
Alargando nosso ponto de vista das origens de Demoiselles de Picasso para incluir a ciência, a matemática e a tecnologia, nós ganhamos uma introspecção mais profunda do esforço monumental de Picasso.
A teoria da Relatividade e a obra Les Demoiselles representam as respostas de dois mundos: Einstein e Picasso, embora separados geograficamente e culturalmente provocaram mudanças dramáticas que expandiram a visão da realidade.
Há mais coisas entre a ciência e a arte do que pode supor nossa vã filosofia.
Poincaré ( 1854 -1912)
Considerado um dos precursores da Relatividade.
Na sua Science et Hypothèse, uma obra de reflexão filosófica e divulgação científica publicada em 1902, traduzida em alemão em 1904, explica como “se pode representar um mundo a quatro dimensões, partindo da analogia com a nossa visão, que nos projeta na retina um quadro a duas dimensões”.
Nós sabemos que os objetos têm três dimensões, explica Poincaré, porque os vemos seqüencialmente em diferentes perspectivas. Assim, prossegue, “tal como se pode fazer num plano a perspectiva de uma figura a três dimensões, pode-se representar uma figura a quatro dimensões. E pode-se tomar várias perspectivas de pontos de vista diferentes, dando-nos essa seqüência de perspectivas a visão que teria um ser que se deslocasse num espaço a quatro dimensões”.
Fonte:http://www.caiozip.com/einsteinpicasso.htm
Picasso estudou em Barcelona, na cidade de Madrid, porém trabalhou principalmente na França.
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade
Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
Apaixonou-se por Olga Koklova, uma bailarina. Casaram-se em 12 de julho de 1918. Neste período o artista já se tornara conhecido e era um artista da sociedade. Quando Olga engravidou, criou uma série de pinturas de mães com filhos.
Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica, que mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.
Na década de 1940, passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica.
Em 1943, Picasso conhece a pintora Françoise Gilot e tem dois filhos, Claude e Paloma e encontrou um pouco de paz e pintou Alegria de Viver.
Na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: O Almoço Sobre a Relva de Manet e As Meninas do artista plástico Velázquez.
Aos 87 anos passa a se dedicar as gravuras, que eram sempre lembranças de sua juventude e aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo. Morreu em 1973 numa região perto de Cannes, na França.
Guernica foi sua melhor obra, está pintura representa para muitos a brutalidade e desesperança da guerra.
Apesar de expressar publicamente sua simpatia com relação as idéias anarquistas e comunistas e, por outro lado, através da arte expressar sua raiva diante das ações de Franco e dos Fascistas, Picasso se recusou a pegar em armas na Primeira Guerra Mundial, na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial.
Mas quando o Partido começou a criticá-lo por causa de um retrato considerado insuficientemente realista de Stálin, o interesse de Picasso pelo Comunismo esfriou, embora tenha permanecido como membro do Partido até sua morte.
Muitos países utilizam pinturas de Picasso como elemento central no design de seus selos... Um deles é da Rússia (Yvert: 4002, Michel: 4199): "A la memoire de Pablo Picasso".
Apaixonou-se por Olga Koklova, uma bailarina. Casaram-se em 12 de julho de 1918. Neste período o artista já se tornara conhecido e era um artista da sociedade. Quando Olga engravidou, criou uma série de pinturas de mães com filhos.
Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica, que mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.
Na década de 1940, passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica.
Em 1943, Picasso conhece a pintora Françoise Gilot e tem dois filhos, Claude e Paloma e encontrou um pouco de paz e pintou Alegria de Viver.
Na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: O Almoço Sobre a Relva de Manet e As Meninas do artista plástico Velázquez.
Aos 87 anos passa a se dedicar as gravuras, que eram sempre lembranças de sua juventude e aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo. Morreu em 1973 numa região perto de Cannes, na França.
Guernica foi sua melhor obra, está pintura representa para muitos a brutalidade e desesperança da guerra.
Apesar de expressar publicamente sua simpatia com relação as idéias anarquistas e comunistas e, por outro lado, através da arte expressar sua raiva diante das ações de Franco e dos Fascistas, Picasso se recusou a pegar em armas na Primeira Guerra Mundial, na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial.
Mas quando o Partido começou a criticá-lo por causa de um retrato considerado insuficientemente realista de Stálin, o interesse de Picasso pelo Comunismo esfriou, embora tenha permanecido como membro do Partido até sua morte.
Muitos países utilizam pinturas de Picasso como elemento central no design de seus selos... Um deles é da Rússia (Yvert: 4002, Michel: 4199): "A la memoire de Pablo Picasso".
Fase azul de Picasso: 1901 a 1905
Na fase azul (1901 a 1905), Picasso pintou a solidão, a morte e o abandono. Quando se apaixonou por Fernande Olivier, suas pinturas mudaram de azul para rosa, inaugurando a fase rosa (1905-1906). Trabalhava durante a noite até o amanhecer. Em Paris, Picasso conheceu um selecto grupo de amigos célebres nos bairros de Montmartre e Montparnasse: André Breton, Guillaume Apollinaire e a escritora Gertrude Stein.
Fase rosa de Picasso: 1905 a 1907
Na fase rosa há abundância de tons de rosa e vermelho, caracterizada pela presença de acrobatas, dançarinos, arlequins, artistas de circo, o mundo do circo. No verão de 1906, durante uma estada em Andorra, sua obra entrou em uma nova fase marcada pela influência das artes gregas, ibérica e africana, era o protocubismo, o antecedente do cubismo. O célebre retrato de Gertrude Stein (1905-1906) revela um tratamento do rosto em forma de máscara.
Protocubismo
No verão de 1906, durante a estadia de Picasso em Gosol, Andorra, sua obra entra numa nova fase marcada pela influência das artes gregas, ibérica e Africano. O célebre retrato de Gertrude Stein (1905-1906, Metropolitan Museum of Art, New York) mostra que o tratamento do rosto como NASCAR. A obra chave desse período é Les Demoiselles d'Avignon (1907, Museu de Arte Moderna de Nova York), de modo radical no estilo parecido com a imagem da superfície fraturada de vidro que não era entendida até mesmo pelos críticos e pintores avant-garde na época. Pintura da cara tradicional, Picasso quebra neste trabalho com profundidade espacial ea forma ideal de representação do nu feminino, reestruturando-o cortando planos e linhas e angular.
Retrato de Gertrude Stein |
(1905-1906, Metropolitan Museum of Art, New York) |
Les Demoiselles d'Avignon (1907, Museu de Arte Moderna de Nova York) |
Em 1910, Picasso e Braque desenvolvem o Cubismo como um modo de expressão inteiramente novo. Na fase inicial, conhecida como Cubismo Analítico, os objectos são desmontados nos seus componentes. Nalguns casos, isto era um modo de representar vários pontos de vista simultaneamente; noutras obras, era um modo de visualmente representar os factos relativos ao objecto, em vez da sua limitada representação mimética. O objectivo do Cubismo Analítico era o de produzir uma imagem conceptual de um objecto em vez da sua imagem perceptiva ou visual. No seu ponto mas alto, atingiu níveis de expressão que ameaçam ultrapassar a compreensão do observador, “contemplando o abismo da abstracção”, Picasso, piscou os olhos... e recomeçou a colocar as peças no sítio.
Cubismo Sintético: 1912 a 1914
Em 1912, Picasso leva a representação conceptual do Cubismo á sua conclusão lógica, através da incorporação de um bocado de pano na tela. Isto foi um momento capital para a arte moderna. Através da inclusão do mundo real na pintura, Picasso e Braque abriram o caminho para uma exploração do significado da Arte que marcaria todo o século.
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